Desafios colocados à Igreja

Adaptado de mensagem de Simão Santos à Igreja em Fontaínhas – São João da Madeira. 20/09/2020

 

“Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, lembrando-nos, sem cessar, da obra da vossa fé, do trabalho do amor e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai, sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus.” 1 Tessalonicenses 1:2-4

 

O tempo presente coloca imensos desafios à Igreja, em particular o facto não podermos estar juntos em comunhão. Será que a Bíblia apresenta algumas soluções e conselhos que possamos aplicar a esta situação tão inesperada, hoje em dia?….

A Bíblia apresenta alguns planos fundamentais, mas não é legalista ao ponto de definir todas as estratégias. De facto, relativamente às igrejas do tempo passado há muito que não sabemos: com que frequência se reuniam, se havia tipos de reunião diferentes, qual o encadeamento de cada reunião, entre outros. Não temos informação concreta relativamente à forma, mas temos muita informação relativamente aos princípios que devem pautar o comportamento da Igreja. A Bíblia apresenta fundamentos espirituais. E esses fundamentos permitem que hoje, passados mais de 2000 anos, ainda tenhamos igrejas a funcionar, de acordo com o plano de Deus.

 

Vs4 – “sabendo …que a vossa eleição é de Deus.” Independentemente da época e dos desafios, os cristãos são a escolha de Deus, a forma que Deus escolheu para se apresentar ao mundo. Ele escolheu cada um, para ser a Sua representação, a Sua voz no mundo.

Mas quem é que Deus escolhe?… Deus escolhe aqueles que O escolhem (I Coríntios 1:21).

 

Vs3 – “…da obra da vossa fé, do trabalho do amor e da paciência da esperança…” A Igreja em Tessalónica possuía estas 3 características, que ainda hoje, permitem que a Igreja ultrapasse os desafios que lhe são apresentados.

  • Obra e trabalho são, em português, sinónimos. Mas no grego não: Obra = ato, ação. Aquilo em que acreditamos, está espelhado nas atitudes que tomamos. Aquelas que forem as nossas crenças espirituais, definirão as nossas ações. A fé produz ações, obras… – Hebreus 11 – Os heróis que ali vemos, “pela fé…” arriscaram a vida e fizerem coisas impensáveis para a maioria das pessoas. A nossa fé, se existir, produzirá sempre ações. Se isso não acontece, algo está errado. A ausência de movimento é sinal de morte!
  • Trabalho, no grego, = dor, golpe, algo que desgasta. II Coríntios 12: 15. As ações que quem ama a Deus, os irmãos e os outros em geral são frequentemente acompanhadas por dor, sacrifício e fadiga. Há imensas referências à dor de Jesus, cuja vida é um sacrifício de amor. O amor é sofredor (I Corintios 13:…); quem ama está disposto a sacrificar-se.

Converter = virar-se em direcção a Deus. Foi exactamente isto que aconteceu com os Tessalonicenses, eles viraram-se para Deus, estando anteriormente numa direcção completamente oposta, eles vieram dos ídolos.

Em qualquer circunstância, a Igreja é sempre chamada para colocar-se ao lado de Deus, para ajudar os mais fracos, os que sofrem e os necessitados.

  • Paciência = perserverança. Os Cristãos maduros têm convicções fortes. Assim era a Igreja de Tessalónica, a sua confiança em Deus era tal, que nada os demovia. A confiança de um cristão não esmorece quando é ridicularizado, não enfraquece está doente… Mesmo que tudo se torne estranho e difícil de prever, a nossa confiança está em Deus.

 

As igrejas não são todas iguais, são mesmo todas diferentes. E ao longo dos tempos isso também se verifica; algumas igrejas passaram por perseguições, por guerras, pela peste, e hoje passamos por uma pandemia. Neste tempo estranho, o papel dos cristãos continua a ser fundamental. Que sejamos conhecidos e falem de nós pelas atitudes que tomamos por causa do que acreditamos e que isso não nos abale, mesmo sofrendo!…