O cego de Jericó

Adaptado de mensagem de Fernando Quental à Igreja em Fontaínhas – São João da Madeira. 03/11/2020

 

“Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto ao caminho, mendigando. E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar e a dizer: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus. E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.”  Marcos 10:46-52

 

Esta passagem mostra diferentes posturas perante o Senhor Jesus:

– o cego precisava do Senhor.

– a multidão apenas seguia o Senhor pensando no seu proveito próprio; cada um olhava por si e não pensava nos outros;

– os discípulos desejavam e serviam o Senhor, no entanto com pouco entendimento;

 

Na verdade, estes três grupos retratam muitas vezes as atitudes que ainda hoje encontramos, relativamente a Jesus.

O cego apenas tinha uma capa para o proteger. E era essa capa que o caracterizava como mendigo, e era por ela que as pessoas o reconheciam e ajudavam, assim, ela lhe dava-lhe segurança. Apesar dessa importância, foi a primeira coisa que ele deixou para trás para poder chegar a Jesus. Ele largou a sua capa, o que o protegia. E nós?… Será que já largamos a nossa capa na totalidade?… Ou estamos agarrados a pedaços da nossa velha vida/ natureza, achando que nos dá segurança?… Só o Senhor pode dar a segurança que precisamos!…

 

O cego teve de clamar muitas vezes, ele estava desesperado, mas não desistiu, antes clamou mais alto, até o Senhor o ouvir… Por vezes, o silêncio do Senhor exercita a nossa persistência e resistência.

 

Mas, o Senhor acabou por se dirigir a ele. Apesar dos que o rodeavam terem tentado calá-lo, ele gritou, ele clamou e foi ouvido.

Quantas vezes estamos tão focados em algo e não ouvimos os pedidos de ajuda de alguém que precisa… Também neste aspeto devemos aprender com Jesus, a saber distinguir os pedidos de ajuda que surgem muitas vezes no meio da confusão.

 

A multidão estava perto do Senhor, estavam perto do Caminho, no entanto não estavam no Caminho. Há este perigo, de fazermos parte da multidão, e podermos estar convencidos, mas não convertidos!… O cego foi para o caminho!…

 

O caminho é o Senhor Jesus, sigamo-Lo!…